Tanto a História quanto a Teologia são áreas assaz fundamentais. O que distingue essencialmente a História da Teologia: crítica histórica versus fé. O historiador deve ser objectivo ao máximo para não diluir de subjectvismos anacrónicos a análise dos factos, por um lado. O teólogo, por outro lado, serve-se da hermenêutica religiosa e de dados arqueológicos para melhor sustentar a fé.
Qual é a melhor? Ambas são proveitosas — pois se embasam de acertos, erros, tentativas e redescobertas. Isso podemos comprovar nesta obra histórico-teológica de Geza Vérmes.
Como ainda é o mês de «Todos-os-Santos», nada melhor que tentar entender os cerca de 1500 anos de construção cristológica e selecção de cânones; da patrística ao protestantismo, de Paulo de Tarso a Eusébio de Cesaréia, do Concílio de Nicéia ao de Trento, da Septuaginta à Vulgata Versio, dos escritos expúrios aos apócrifos. O acervo de conhecimento é enorme e denso.
Desdigo o que antes costumava defender deste modo:
«Dizer que o cristianismo se organiza no concílio niceno é uma balela conspiratória, ignorante e sectária de nossos tempos».
Comentários
Enviar um comentário